O governo brasileiro vai romper o acordo automotivo mantido com o México devido ao deficit crescente no comércio de automóveis entre os dois países, segundo reportagem do jornal "Valor Econômico".
Ainda segundo o texto, a ordem teria partido da presidente Dilma Rousseff, que estaria incomodada com a situação.
Com o acordo assinado pelos dois países, os carros mexicanos não são considerados como importados, ficando isentos da alta do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que vigora desde o mês passado.
Sempre de acordo com a reportagem, o acordo automotivo firmado em 2002 passou a ficar negativo para o Brasil em 2009. No ano passado, por exemplo, o México se tornou uma boa opção de compras de veículos para algumas montadoras estabelecidas no país, como a Fiat.
As importações de carros do México tiveram alta de quase 40% em 2011, superando os US$ 2 bilhões. O deficit comercial ficou um pouco abaixo de US$ 1,7 bi, já que o Brasil exportou US$ 372 milhões.
Segundo dados da associação de concessionários de veículos, Fenabrave, em 2011, o México ficou no terceiro lugar no ranking de principais origens de importações brasileiras de veículos, com participação de 13,8%, atrás de Coreia do Sul, com 19,2%; e Argentina, com 44%.
A medida deve ser oficializada nos próximos dias com a volta da presidente e dos ministros do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e das Relações Exteriores, Antônio Patriota.
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