O chefe da Fórmula 1 Bernie Ecclestone trabalha para não perder pelo caminho, durante esta temporada, uma das novatas que passaram a integrar o grid da categoria máxima do automobilismo. Ele admitiu que a Hispania, de Bruno Senna, tem dificuldades para se manter.
Os problemas financeiros são o motivo de preocupação de Bernie e do time, que teve um longo processo para conseguir estrear na primeira etapa do ano.
“A Hispania tem problemas. E nós vamos resolvê-los”, afirmou ele ao Telegraph, em entrevista publicada nesta sexta-feira. “Eu gostaria de ver os 12 times terminarem a temporada, porque eles tem um compromisso para isso.”
No entanto, a situação não é das mais simples. “Nós podemos perder um deles. Mas farei a minha parte para que isso não aconteça”, completou.
A Hispania conseguiu estrear no Bahrein, na abertura do Mundial, mas só depois de avançadas negociações. Ainda assim, foi para a pista sem nunca ter testado seus carros. Nos treinos livres de quinta-feira em Mônaco, por exemplo, Bruno Senna ficou sete segundos atrás de Fernando Alonso, o líder das sessões.
HAMILTON DECEPCIONA; SAUDADES DE BRIATORE
Ecclestone, um dos grandes defensores de Lewis Hamilton, afirmou que está desapontado com as performances do piloto britânico, que tem perdido o duelo interno na McLaren com o atual campeão Jenson Button.
BRIATORE SEM RANCOR
Flavio Briatore, suspenso por escândalo em 2008, disse não guardar ressentimento de Max Mosley, que lhe impôs a pena após a batida proposital de Nelsinho Piquet; “Estou contente de Jean Todt presidir a FIA e espero que Mosley tenha uma vida serena. Não olho para trás e não guardo ressentimentos”, afirmou. Segundo análise de Briatore, será complicado bater a Red Bull neste ano, mas Fernando Alonso vem em grande fase para tentar isso.
“Hamilton tem desapontado. Ele teve falta de sorte na última corrida, mas isso acontece quando as coisas não vão bem para você. As pessoas elogiam suas ultrapassagens, mas não há pontos para que isso aconteça”, disse Bernie.
Sempre polêmico, Bernie Ecclestone afirmou ter saudades de Flavio Briatore, ex-chefe da Renault que foi suspenso do automobilismo pelo caso da batida proposital de Nelsinho Piquet em etapa de 2008.
“Sim, eu sinto falta de ter Briatore nas etapas. Ele é uma boa companhia e sempre foi bom para este esporte. As pessoas o associam à F-1. Era um personagem. Também sentimos falta de Max (Mosley, ex-presidente da FIA). Max acertou mais do que errou”, afirmou Ecclestone.
“O problema de Max era de que ele não resolvia as coisas pelo jeito agradável. Hoje a FIA é mais tranquila com Jean Todt e é esse o jeito que gostamos”, concluiu.
Após treinos livres na quinta-feira, uma particularidade de Mônaco, os carros voltam sábado para a pista, para mais uma sessão de treinos livres e a classificação. O Placar UOL acompanha a definição do grid, assim como a prova de domingo, ambos às 9h.
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